RISCOS NO ESPAÇO BANCÁRIO
- Ruído
O ruído gerado
por equipamentos, impressoras, teclados, terminais, carimbos, aparelhos de ar
condicionado, telefone, conversas, trânsito, entre outros, não combina com
tarefas que exigem concentração mental. As agências deveriam operar sob o
sisudo "clima de biblioteca". A exposição prolongada a ruídos
intensos pode provocar danos auditivos. O dano é cumulativo, sendo maior para
os bancários expostos por mais tempo aos sons intensos. O ruído também pode
contribuir para provocar cansaço excessivo, falta e atenção e concentração, irritabilidade
e outras alterações no humor e no comportamento.
- Temperatura
As variações de temperatura afetam a saúde dos bancários. O frio pode influenciar
no aparecimento ou agravamento da LER/DORT, contraturas musculares e dores no
corpo, além de gripes e resfriados constantes. O calor excessivo pode provocar
fadiga, mal estar e até desmaios.
- Iluminação
A iluminação deve ser distribuída e difusa para evitar o
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. Quando
inadequada pode provocar cansaço visual, ardência nos olhos, fadiga, insônia e dores
de cabeça.
- Qualidade do ar
É precária quando há pouca entrada de ar fresco, falta de
limpeza e má distribuição dos sistemas de ventilação e ar condicionado. Fungos e bactérias depositados nos
dutos e filtros desembocam no ambiente onde estão os trabalhadores e os
clientes. O fumo é outro inimigo. Esses fatores podem causar dores de cabeça,
irritação nos olhos, nariz e garganta, ressecamento da pele, náuseas, letargia,
dificuldade de concentração, fadiga e aumento de alergias e doenças
respiratórias.
- Eletricidade
Tomadas subdimensionadas e fios soltos, que podem ocasionar
acidentes e incêndios. As NRs 10 e 12 determinam: tomadas, máquinas e
equipamentos elétricos devem ser "aterrados"; o acesso ao quadro de
controle de comando deve ser facilitado; o número de tomadas deve ser
suficiente para evitar o uso de "T"; estão proibidos fios soltos ou
desencapados.
- Reformas
Se forem feitas durante a jornada de trabalho provocam ruído
excessivo, poeira e riscos de acidentes.
- Sanitários e higiene
A limpeza deve ser compatível com a atividade.
Fungos e sujeira depositados em carpetes e forrações de ambientes fechados,
típicos de agências, podem ocasionar alergias. Devem existir sanitários
separados para homens e mulheres, limpos e sem odores. A limpeza e a remoção do
lixo e da poeira devem ocorrer preferencialmente fora do horário de trabalho. A
água deve ser potável com uso de copos descartáveis ou bebedouro de jato
inclinado previstos na NR 24.
- Incêndio
A lei prevê proteção contra incêndios, saídas suficientes
para a rápida retirada do pessoal em caso de sinistro, equipamentos e pessoal
treinado para combater o fogo nas primeiras chamas. As saídas de emergência
devem ter portas que abram para fora,
sem obstrução ou trancas. O sistema de prevenção e as saídas de emergência
devem ser sinalizados com iluminação de emergência. Os extintores têm tempo de
validade gravado na embalagem e devem estar em locais de fácil acesso. Estas
exigências estão na NR 23.
- Mobiliário e equipamentos
de trabalho
Um mobiliário inadequado leva a posturas corporais incorretas
que favorecem o surgimento de patologias do grupo LER/DORT. Equipamentos
obsoletos ou com defeitos, instrumentos de trabalho inadequados, insuficientes
e sem manutenção exigem maior esforço estático e dinâmico, posturas incorretas
e estresse.
Os inimigos mais comuns:
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• Jornada de
longa duração, horas extras;
• Ausência ou insuficiência de pausas para descanso; • Trabalho repetitivo e monótono, sob forte pressão e cobrança da gerência; • Distribuição do pessoal sem respeitar os períodos de "picos" do atendimento; • Esforço mental necessário para criar estratégias individuais e coletivas para vencer as dificuldades impostas pela organização; • Controles que não respeitam a variabilidade do trabalho e as questões culturais e individuais inerentes aos seres humanos.
Outros males da organização do trabalho:
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